domingo, 13 de março de 2011

RESENHA do Livro “As Tecnologias da Inteligência” de Pierre Lévy

Pierre, Lévy – As tecnologias da Inteligência- O futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34, 2004, 13a. Edição.

Pierre Lévy é filósofo. Nasceu em 1956, realizou seus estudos na França, e fez um doutorou-se em Sociologia e em Ciências da Informação e da Comunicação. Lecionou em várias universidades de Paris e Montréal. Atualmente é professor da UQTR (Université du Québec à Trois-Rivières), na cidade de Quebec, Canadá.

Na introdução Lévy declara: "Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada. Não se pode mais conceber a pesquisa científica sem uma aparelhagem complexa que redistribui as antigas divisões entre experiência e teoria.


O autor pretende mostrar que não há informática em geral, Mem essência congelada do computador, mas sim um campo de novas tecnologias intelectuais, aberto, conflituoso e parcialmente indeterminado.

Na primeira parte do livro,” A metáfora do hipertexto” Pierre Lévy explica que na comunicação a inforamação se precisa através do contexto e do sentido. Eles se interagem, tendo como preceito que o contexto é construído a partir do sentido e o sentido emerge a partir do contexto. Diz o autor que através deles que temos “(…) lances decisivos,… no jogo de interpretação e da construção de realidade”. (LÉVY, 1992).

Lévy busca analisar hipertexto como o método de comunicação e começa relatando que a mente humana não segue um sentido linear de cognição, quando uma informação lhe é atribuída.

O hipertexto é portanto a configuração de ativação de uma grande rede semântica e ainda classifica em seis princípios a saber , Principio de metamorfose,quando o modelo hipertextual está em constante mudança de construção e ressignificação.O Principio de heterogeneidade onde os nós e conexões da rede hipertextual serão heterogêneos,assumindo diversas formas, como imagens, sons, palavras, modelos. O Principio de multiplicidade e de encaixe das escalas quando uma construção textual será ligada a uma rede de outros textos de modo fractal, em progressão geométrica. O Principio de exterioridade quando os caminhos escolhidos em um hipertexto são de origem externa ao texto, ou seja, vem de seu usuário. O Principio de tipologia quando Os meios compostos por hipertextos interligados são similares e vizinhos, ou seja, tem de ser compatíveis. O Principio da modalidade dos centros quando a rede hipertextual não possui centros, cada texto, cada som, cada imagem que estão interligados e possui um centro de significância próprio.

Lévy privilegia a grande quantidade de técnicas existentes, as técnicas de transmissão e tratamento das mensagens, uma vez que são as que transformam os ritmos e modalidades da comunicação de modo mais direto, contribuindo para a redefinição das organizações.

Ele propõe o fim da (pretensa) oposição entre o homem e a máquina; e questiona: o que é a técnica e como ela influencia os diferentes aspectos de nossa sociedade? Em que medida indivíduos ou projetos singulares conseguem alterar os usos e sentidos da técnica? A técnica é necessariamente racional e utilitária?

Tendo em vista que já estamos caracterizando o hipertexto como um modelo tipicamente para o digital, mesmo sabendo que livros, revistas, jornais e outros impressos ou outras construções de informação também podem ser classificados como tal; podemos então caracterizar que o suporte informático possui como principal interface a tela gráfica de alta resolução, e tem como ferramentas o mouse, representações icônicas ou diagramáticas em hiperlink e por vezes um Menu, para organizar o caos da disposição hipertextual.

A segunda parte do livro se propõe a fazer uma descrição geral das técnicas contemporâneas de comunicação e processamento de informação por computador. Contudo primeiro faz um estudo sobre algumas características cognitivas coletivas inerentes a sociedade humana.

Lévy diz que existiam, antes da era da informática, dois tipos de sociedade, uma mais arcaica que se estruturava a partir da Oralidade primaria, e outra mais moderna baseada na oralidade secundária. Oralidade primária seria a que remete ao papel da palavra falada antes do advento da escrita.

Nessa sociedade a inteligência ou sabedoria estaria particularmente relacionada com a memória sobre o conhecimento que era passado de forma oral através de uma relação mais íntima entre indivíduos na construção de uma tradição. A forma de armazenamento dessas informações ou conhecimentos, como já dito, é a memória, por isso é preciso entender um pouco de seu funcionamento, para isso Lévy opta por uma analise a partir dos preceitos da psicologia cognitiva.

Obviamente nossa memória funciona de forma muito diferente a de um equipamento de armazenamento digital, que por vezes traz a recuperação fiel das informações guardadas. Levy descreve sobre a memória de curto prazo que está relacionada com a atenção do ouvinte, quanto a retenção de uma informação durante um curto espaço de tempo para sua rápida utilização. Um recurso usado para o desenvolvimento dela é a constante repetição de uma ação. A memória de longo prazo, mais complexa, que funciona com o armazenamento de informações em uma única e imensa rede associativa que deverá contê-la durante um grande período de tempo.

O autor revela , as sociedades orais, desenvolveram um método de conseguir garantir a eficiência da memória de longo prazo. O que Lévy chama esse método, ou estratégia, de Elaboração. E permitiria que a informação fosse condensada e associada a uma rede com grande numero de conexões, partindo para uma forma de compreensão através da representação.

Diferente do que muitos pensam, o autor não caracteriza essa forma de armazenamento de informação, menos válida do que a proposta pela sociedade da escrita. Os mitos são as melhores formas de codificação disponíveis, pois são reiterados e preservados pela tradição, sua própria estrutura captura “ (…) em uma espécie de devir imemorial, ao mesmo tempo único e repetitivo”.

Já a oralidade secundária está relacionada à escrita. A sociedade estruturada a partir dela tinha uma vantagem no armazenamento de informação, que era o fato de terem uma estrutura física guardando-a por meio de caracteres simbólicos. O que se torna então importante de se pensar como uma evolução social foi que “ (…) o alfabeto e a impressão, aperfeiçoamentos da escrita, desempenharam um papel essencial no estabelecimento da ciência como modo de conhecimento dominante” (LÉVY,1992). Porém a oralidade secundária, ou escrita, possui uma serie de dificuldades na construção de um coletivo inteligente, já que à partir da tradição hermenêutica da comunicação puramente escrita, era eliminado o relacionamento humano no contexto que se adaptava e traduzia mensagens de outro tempo e lugar. Além disso a escrita sucitou o desenvolvimento de saberes teóricos que separam o emissor do receptor impossibilitando a construção de um hipertexto comum. Outro problema seria que a escrita, tendo uma estrutura de armazenamento que se aproxima no conceito da memória de curto prazo, poderia definhar nossa capacidade de cognição em longo prazo, acabando a tradição da oralidade tradicional. Parando para analisar na sociedade atual essa idéia tem lógica, mas na pratica, o que ocorre é uma convivência entre ambas mesmo sendo a tradição escrita bem mais fortalecida que a oral.

Com o computador pessoal, a informática teve o suporte para se tornar uma cultura de massa. Essa cultura presa pela digitalização, ou seja, transformação de informação em dados a partir da codificação em sinais binários que serão armazenados, reconhecidos pelo equipamento e mostrados na tela de forma inteligível.

Segundo Levy, é importante percebemos também que através da digitalização e da rede, a oralidade escrita perde muitas de suas deficiências a pouco apresentadas, a codificação digital liberta o material de seus problemas de composição, de organização, apresentação e acesso. Essa nova oralidade se caracteriza muito mais pelo hipertextual, pela conexão de mídias e de pessoas de uma forma diferente, porém análoga, a da oralidade primaria, mas agora através da utilização da máquina como veículo de comunicação. Outra característica importante dessa oralidade digital é a capacidade que tem de uma informação escrita, imagética ou sonora ser passível de decomposição, recomposição, comentário, ordenação entre outras interferências de modulação.

Lévy passa a discorrer sobre as plataformas que comportaram os sons e as imagens nessa rede hipermídiática que surge com a computação. Elas seriam, segundo ele, o CD-ROM sendo uma plataforma fixa que comportaria a imagem digital, o audiovisual (Vídeo digital), o hipertexto, os samplers (síntese do som), e os possíveis geradores de programa; a outra seria a RDSI (rede digital de serviços integrados), um terminal inteligente de interatividade entre diferentes aparelhos, que armazenaria e interligaria, além das interfaces visuais, também as sonoras, as hipertextuais, também faria uma seleção inteligente de informações. O RDSI é o mais perto, teoricamente, do que chamamos hoje de Web da internet.

Por fim, a outra característica presente na oralidade digital é a capacidade de simulação. Segundo o autor “Um modelo digital não é lido ou interpretado como um texto clássico, ele geralmente é explorado de forma interativa” (LÉVY,1992). O conhecimento por simulação não se assemelha ao teórico nem ao pratico, ele cria um ambiente que simula a atividade intelectual antes da exposição racional, ou seja, o reflexo mental, a imaginação etc.

Na terceira parte O autor define “A ecologia cognitiva como o estudo das dimensões técnicas e coletivas da cognição” sendo os dispositivos técnicos, parte integrante da desconstrução do individuo e a formação da coletividade. Sobre a desconstrução do indivíduo devemos entender primeiro que a inteligência é o resultado de uma rede onde se interligam fatores biológicos sentimentais e tecnológicos.

No contexto tecnológico o que Lévy propõem então é a construção de um meio em que:

Levy diz que “Não há mais sujeito ou substância pensante, nem “material”, nem “espiritual”. O pensamento se dá em uma rede na qual neurônios, módulos cognitivos, humanos, instituições de ensino, línguas, sistema de escrita e computadores se interconectam, transformam e traduzem representações.”

Segundo o autor, um desses meios é o cultural, onde as cognições, atitudes e idéias partem da construção do coletivo e não do individuo. Os outros meios seriam os meios tecnológicos inteligentes que fizessem a simbiose entre o homem e a máquina e está com a máquina novamente. Porém antes da criação dessa principal interface é necessário garantir uma tecnodemocracia, ou seja, as relações homem com homem devem se tornar homogêneas se não o circuito da rede não irá alcançar qualquer tipo de avanço.

Pierre Lévy, em sua primeira publicação, monta um panorama teórico sobre a construção de tecnologias de convergência midiáticas e da construção de uma rede de coletivo inteligente com análises profundas sobre os conceitos desses termos. Neste trabalho tentando sintetizar as idéias passadas no livro, fica a surpresa de como ele disserta sobre conceitos e tecnologias que atualmente são recorrentes na vida da maioria dos cidadãos, mas que na época eram apenas previsões de como iria se desenvolver a tecnologia. Como foi expresso por muitos, o autor por vezes possui uma visão utópica sobre a formação de uma sociedade com consciência coletiva inteligente, fato que não ocorre devido à uma serie de fatores sociais, principalmente em um pais subdesenvolvido como o nosso, onde a exclusão digital ainda é uma pauta a ser discutida. Porém diferente de apenas um sonhador, através de “As Tecnologias da Inteligência”, Pierre Lévy se mostra um homem a frente de seu tempo, e sem duvida um dos maiores teóricos da cultura digital, na atualidade.

A obra apresenta um texto de fácil compreensão, o autor utiliza uma linguagem simples, embora, com muita riqueza conceitual, cada vez mais torna-se fundamental o estudo e a investigação neste campo.

Maria Áurea Santos Ribeiro, aluna do curso de Tecnologia e Novas Educações,

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um desabafo...
Lembro que antes tinha mais tempo para produzir com mais capricho.Atualmente percebo a quantidade de informações que estamos a obter no Curso de Especilaização em Tecnologias e Novas Educações. Ainda não dá para digerir. Estou mais lentas nas minhas tarefas.Gostaria de curtir com mais prazer as novidades. Será que é possível ?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CORPOS MUTANTES

ARTIGO 1 - Os percursos do corpo na cultura contemporânea, Malu Fontes.

Nesse artigo Malu Fontes, analisa presença e as características de um padrão físico-corporal considerados como canônico. O corpo é resultado de um conjunto de investimentos em práticas e artifícios que visam alterar as configurações anatômicas e estéticas. Fontes refere-se a corporiedade que é sempre ilustrada pelo corpo feminino no discurso publicitário, que é mais vulnerável as mensagens veiculadas nos meios de comunicação de massa, principalmente à mulheres jovens e urbanas que são objetos preferenciais para a publicidade. O corpo canônico que o texto se refere texto é aquele desejável nos meios de comunicação de massa na atualidade. Os padrões que atualmente definem este corpo canônico são passíveis de alteração ao longo do tempo. O culto ao corpo parte de um estágio em que o corpo é demonizado, escondido, fonte de vergonha e pecado e culmina com o corpo das academias e a diversidades de estratégias, cirurgias plásticas, implantes, técnicas médicas, químicas, cosméticas e de vestuário. É onde o indivíduo recorre a adoção voluntária a métodos e práticas para configurar o corpo biológico transformando-o num corpo potencializado em seus aspectos estéticos. A autora afirma que, ao longo do século XX, o corpo passa por três estatutos básicos: o corpo representado visto pelo olhar dos outros, o corpo representante,ativo, autônomo, contestador, defensor de ideais e o corpo apresentador de si mesmo, porta-voz da forma e não de conteúdos, reconstruído à base de intervenções cirúrgicas e substâncias químicas. O corpo é, em si mesmo, o próprio espetáculo. Assim sendo, todo corpo que não se perfila a esse projeto tende a ser classificado como corpo dissonante, inválido de acordo com a lógica da boa forma física. É o corpo que não adere aos artifícios da reformulação e adequação da aparência e tende a despertar reações de estranhamento e de repulsa. A dissonância é comumente transformada em rejeição por parte do outro com o qual se confronta. O corpo dissonante é um corpo ausente dos discursos culturais e, quando exibidos nas mídias, é inscrito sob o rótulo de ficção e traduzido pela obesidade, velhice, deficiência física ou qualquer limitação de ordem física, tendendo a se tornar um espetáculo que representa o grotesco, seja na tela do cinema, tv ou videoclipes. Para fugir deste estereótipo grotesco recorre-se cada vez mais aos vários processos em busca da construção do corpo canônico.

Artigo 2 - Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias, Homero Luís Alves de Lima

Lima propõe neste artigo uma reflexão crítica em torno da “aceleração tecnológica”, as evoluções e mutações tecnológicas sofridas pelo corpo humano, induzidas por uma aceleração tecnológica, que através da Bioengenharia, a Robótica e a Inteligência Artificial tentam desenvolver máquinas cada vez mais inteligentes, dando maior destaque às características humanas e robôs cada vez mais sentimentais (retratada no filme Inteligência Artificial) ,onde a busca por um robô perfeito, com sentimentos humanos é o grande objetivo da Ciência).
Há possibilidade da vida ser produzida em laboratório onde são introduzidas técnicas de tratamento (nanotecnologia), criando assim maiores perspectivas de sobrevivência e cura para os humanos. Uma medicina está a favor da medicina, proporcionando comodidade, conforto, segurança e praticidade. Cirurgias mais rápidas e sem dor, promovendo melhoras na saúde e estética. A máquina se especializa e o corpo é o seu maior e principal instrumento: os mistérios guardados e as curiosidades que desperta o corpo humano, sendo possível de constantes atualizações – “digitalização da vida”: sistemas orgânicos e de informação passam a ser explicados em linguagem idêntica. Lima destaca a transgressão entre os limites que diferenciam o corpo da máquina - o humano-tecnológico: Cyborg (seres em constante processo de reconfiguração). Os ciborgues estão em toda a parte, nas formas de implantes, próteses ou medicamentos. Plant (1995), traz as concepções de Ciborgue por que reconhece neste ser, a possibilidade de construção de novas sexualidades. Donna Haraway reconhece o Ciborgue como um organismo híbrido de máquina e organismo, com realidade social e ficção. Considerada essa cultura high-tech, que contesta qualquer dualismo, além do de gêneros. O desenvolvimento tecnológico permite ao corpo humano, transgredir a pele. Mostra as suas possibilidades de transformação aproximando o homem dos seus desejos de realização corporais.

Artigo 3- Uma estética para corpos mutantes, Edvaldo Souza Couto


Couto destaca a preocupação com a estética do corpo humano que se caracteriza fundamentalmente por trazer em si mesmo, o inacabado. Motivados pela moda ou concepções de perfeição ditados, principalmente pelos meios midiáticos, as mudanças e correções corporais são constantes. As referências são reelaboradas, o prazer e a satisfação passam a ser instantâneos. As novas tecnologias surgem como potencializadoras dessas necessidades, impulsionadas pelo consumismo capitalista.
Com a incidência das tecnologias sobre o corpo humano, há uma desvinculação desse corpo de questões culturais e genéticas. Couto traz a questão do corpo-espetáculo, expondo a busca incessante pela manutenção da juventude (ao menos aparente) numa desvinculação progressiva de vínculos. O culto ao corpo como um estilo de vida, vida tecnocientífica. A luta para não se tornar absoleto, deve ser constantemente turbinado, inclusive para demonstrar que a velhice está sob seu controle. Os ciborgues são um meio de atender a essa demanda. Atendem ao desejo de superpoderes que as próteses concedem, propoprcionando corpos jovens e saudáveis. Nessa linha, segue a substituição da alimentação natural pela tecnológica. É a robótica e a engenharia genética trabalhando juntas para a produção artificial do homem.
A produção artificial do homem vai além da produção hollyoodiana, do acesso fácil a órgãos por exemplo, mas da troca e recomposição parcial do corpo com certificado de garantia. Cita as novas revoluções da engenharia de tecidos que utilizam as células tronco como matéria-prima e as discussões em torno da sua legalização. Inovações e descobertas que prometem mais segurança e longevidade. Couto destaca a exaltação à mutabilidade corporal como a característica primordial do sujeito na Cibercultura. Um sujeito que tem o corpo disponível à Biotecnologia, à economia de mercado e objeto de consumo do capitalismo avançado. E confirma: “...nunca o uso do corpo humano como mercadoria foi tão intenso e evidente”. Um mercado, que como os demais, selecionam consumidores: “Populações pobres servem de armazéns vivos para as populações ricas”. E o consumismo também se mantém, pois é necessário manter-se conectado aos designs sociais mais valorizados. “O consumidor (...) é comprado e vendido. A vida passou a ser definida como mercadoria.”
Na busca incessante pelo não envelhecimento, o sujeito passa a envelhecer distante do que a evolução natural pretende. E quem envelhece naturalmente, é naturalmente, absoleto! Não apenas pela forma corporal pronta para as reciclagens, mas pela resistência a esses ideais de mutações sucessivas “indispensáveis”. Retrata a existência de uma democracia do corpo, onde todos podem (para sentirem-se aceitos), tornar-se seres mutantes, mutáveis.


Artigo 4- Velhice, palavra quase proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica, Annamaria da Rocha Jatobá Palacios.
Jatobá apresenta em seu artigo um comparativo entre os vocábulos "velhice" e "terceira idade"presentes em anúncios publicitários de cosméticos veiculados em revistas femininas na década de 90. A principal observação é a preponderância do vocábulo terceira idade sobre o velhice. Jatobá observa que no universo da publicidade de cosméticos o fenômeno do envelhecimento é sinônimo de decrepitude. Esta visão cristalizada convive com outra que aponta a perpectiva da terceira idade como uma nova possibilidade para o autodesenvolvimento de forma ativa e direcionada ao lazer. Na publicidade, os termos velhice/terceira idade trazem com eles valores substanciais de natureza social e/ou política. Surge assim o politicamente correto como um fenômeno que vem promovendo uma re-interpretação para situações de ordem política, econômica e social. Como não foi criado por ninguém ele surgiu da decadência do espírito crítico da identidade coletiva.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

MÓDULO I - COMENTÁRIOS

Hoje sai entusiasmada e muito feliz com a aula do módulo I, com a professora Adriane, acredito que pelas possibilidades de aprender com significado para a minha prática pedagógica. Este tipo de abordagem instiga e provoca reflexões profundas.
Sem perder o tom, a aula se desenrolou tranquilamente... As colegas contribuíram bastante das discussões e empenharam-se bastante para produzir e dar conta das tarefas propostas.
Durante o estudo ficou evidenciado o meu interesse pelas redes sociais, quando da analise do capitulo I do livro REDES SOCIAIS NA INTERNET. Pude conhecer sobre os atores (que são as pessoas envolvidas na redes), as conexões constituídas de laços sociais, interações e relações sociais.E o capital social (valor constituído a partir das interações entre os atores sociais). Vale a pena rever e analisar o conceito de Bourdieu sobre capital social. E... finalmente me preparar para as apresentações e discussões.
O trabalho com o “Caderno de Práticas”. Que maravilha!!! Tornar realidade um pequeno projeto. Discussão e analise dos conceitos de Estruturante (produzir conhecimento) ou Instrumental ( ampliação dos recursos) .Lembrado o nosso professor Edvaldo Couto, “Muito bacana!”

sábado, 29 de janeiro de 2011

REDES SOCIAIS NA INTERNET

Comecei a ler o primeiro capitulo do livro Redes Sociais. ELEMENTOS DAS REDES SOCIAIS Encontrei temas interessantes que serão compartilhados em aula.
Quero sugrir uma visita ao blog da autora Raquel Recuero.
www.raquelrecuero.com

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

TECNOLOGIA E NOVAS EDUCAÇÕES

O futuro papel do professor não será mais de difusor de saberes , mais de animador da inteligência coletiva dos estudantes, estimulando-os a trocar os seus conhecimentos.
Levy