sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um desabafo...
Lembro que antes tinha mais tempo para produzir com mais capricho.Atualmente percebo a quantidade de informações que estamos a obter no Curso de Especilaização em Tecnologias e Novas Educações. Ainda não dá para digerir. Estou mais lentas nas minhas tarefas.Gostaria de curtir com mais prazer as novidades. Será que é possível ?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CORPOS MUTANTES

ARTIGO 1 - Os percursos do corpo na cultura contemporânea, Malu Fontes.

Nesse artigo Malu Fontes, analisa presença e as características de um padrão físico-corporal considerados como canônico. O corpo é resultado de um conjunto de investimentos em práticas e artifícios que visam alterar as configurações anatômicas e estéticas. Fontes refere-se a corporiedade que é sempre ilustrada pelo corpo feminino no discurso publicitário, que é mais vulnerável as mensagens veiculadas nos meios de comunicação de massa, principalmente à mulheres jovens e urbanas que são objetos preferenciais para a publicidade. O corpo canônico que o texto se refere texto é aquele desejável nos meios de comunicação de massa na atualidade. Os padrões que atualmente definem este corpo canônico são passíveis de alteração ao longo do tempo. O culto ao corpo parte de um estágio em que o corpo é demonizado, escondido, fonte de vergonha e pecado e culmina com o corpo das academias e a diversidades de estratégias, cirurgias plásticas, implantes, técnicas médicas, químicas, cosméticas e de vestuário. É onde o indivíduo recorre a adoção voluntária a métodos e práticas para configurar o corpo biológico transformando-o num corpo potencializado em seus aspectos estéticos. A autora afirma que, ao longo do século XX, o corpo passa por três estatutos básicos: o corpo representado visto pelo olhar dos outros, o corpo representante,ativo, autônomo, contestador, defensor de ideais e o corpo apresentador de si mesmo, porta-voz da forma e não de conteúdos, reconstruído à base de intervenções cirúrgicas e substâncias químicas. O corpo é, em si mesmo, o próprio espetáculo. Assim sendo, todo corpo que não se perfila a esse projeto tende a ser classificado como corpo dissonante, inválido de acordo com a lógica da boa forma física. É o corpo que não adere aos artifícios da reformulação e adequação da aparência e tende a despertar reações de estranhamento e de repulsa. A dissonância é comumente transformada em rejeição por parte do outro com o qual se confronta. O corpo dissonante é um corpo ausente dos discursos culturais e, quando exibidos nas mídias, é inscrito sob o rótulo de ficção e traduzido pela obesidade, velhice, deficiência física ou qualquer limitação de ordem física, tendendo a se tornar um espetáculo que representa o grotesco, seja na tela do cinema, tv ou videoclipes. Para fugir deste estereótipo grotesco recorre-se cada vez mais aos vários processos em busca da construção do corpo canônico.

Artigo 2 - Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias, Homero Luís Alves de Lima

Lima propõe neste artigo uma reflexão crítica em torno da “aceleração tecnológica”, as evoluções e mutações tecnológicas sofridas pelo corpo humano, induzidas por uma aceleração tecnológica, que através da Bioengenharia, a Robótica e a Inteligência Artificial tentam desenvolver máquinas cada vez mais inteligentes, dando maior destaque às características humanas e robôs cada vez mais sentimentais (retratada no filme Inteligência Artificial) ,onde a busca por um robô perfeito, com sentimentos humanos é o grande objetivo da Ciência).
Há possibilidade da vida ser produzida em laboratório onde são introduzidas técnicas de tratamento (nanotecnologia), criando assim maiores perspectivas de sobrevivência e cura para os humanos. Uma medicina está a favor da medicina, proporcionando comodidade, conforto, segurança e praticidade. Cirurgias mais rápidas e sem dor, promovendo melhoras na saúde e estética. A máquina se especializa e o corpo é o seu maior e principal instrumento: os mistérios guardados e as curiosidades que desperta o corpo humano, sendo possível de constantes atualizações – “digitalização da vida”: sistemas orgânicos e de informação passam a ser explicados em linguagem idêntica. Lima destaca a transgressão entre os limites que diferenciam o corpo da máquina - o humano-tecnológico: Cyborg (seres em constante processo de reconfiguração). Os ciborgues estão em toda a parte, nas formas de implantes, próteses ou medicamentos. Plant (1995), traz as concepções de Ciborgue por que reconhece neste ser, a possibilidade de construção de novas sexualidades. Donna Haraway reconhece o Ciborgue como um organismo híbrido de máquina e organismo, com realidade social e ficção. Considerada essa cultura high-tech, que contesta qualquer dualismo, além do de gêneros. O desenvolvimento tecnológico permite ao corpo humano, transgredir a pele. Mostra as suas possibilidades de transformação aproximando o homem dos seus desejos de realização corporais.

Artigo 3- Uma estética para corpos mutantes, Edvaldo Souza Couto


Couto destaca a preocupação com a estética do corpo humano que se caracteriza fundamentalmente por trazer em si mesmo, o inacabado. Motivados pela moda ou concepções de perfeição ditados, principalmente pelos meios midiáticos, as mudanças e correções corporais são constantes. As referências são reelaboradas, o prazer e a satisfação passam a ser instantâneos. As novas tecnologias surgem como potencializadoras dessas necessidades, impulsionadas pelo consumismo capitalista.
Com a incidência das tecnologias sobre o corpo humano, há uma desvinculação desse corpo de questões culturais e genéticas. Couto traz a questão do corpo-espetáculo, expondo a busca incessante pela manutenção da juventude (ao menos aparente) numa desvinculação progressiva de vínculos. O culto ao corpo como um estilo de vida, vida tecnocientífica. A luta para não se tornar absoleto, deve ser constantemente turbinado, inclusive para demonstrar que a velhice está sob seu controle. Os ciborgues são um meio de atender a essa demanda. Atendem ao desejo de superpoderes que as próteses concedem, propoprcionando corpos jovens e saudáveis. Nessa linha, segue a substituição da alimentação natural pela tecnológica. É a robótica e a engenharia genética trabalhando juntas para a produção artificial do homem.
A produção artificial do homem vai além da produção hollyoodiana, do acesso fácil a órgãos por exemplo, mas da troca e recomposição parcial do corpo com certificado de garantia. Cita as novas revoluções da engenharia de tecidos que utilizam as células tronco como matéria-prima e as discussões em torno da sua legalização. Inovações e descobertas que prometem mais segurança e longevidade. Couto destaca a exaltação à mutabilidade corporal como a característica primordial do sujeito na Cibercultura. Um sujeito que tem o corpo disponível à Biotecnologia, à economia de mercado e objeto de consumo do capitalismo avançado. E confirma: “...nunca o uso do corpo humano como mercadoria foi tão intenso e evidente”. Um mercado, que como os demais, selecionam consumidores: “Populações pobres servem de armazéns vivos para as populações ricas”. E o consumismo também se mantém, pois é necessário manter-se conectado aos designs sociais mais valorizados. “O consumidor (...) é comprado e vendido. A vida passou a ser definida como mercadoria.”
Na busca incessante pelo não envelhecimento, o sujeito passa a envelhecer distante do que a evolução natural pretende. E quem envelhece naturalmente, é naturalmente, absoleto! Não apenas pela forma corporal pronta para as reciclagens, mas pela resistência a esses ideais de mutações sucessivas “indispensáveis”. Retrata a existência de uma democracia do corpo, onde todos podem (para sentirem-se aceitos), tornar-se seres mutantes, mutáveis.


Artigo 4- Velhice, palavra quase proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica, Annamaria da Rocha Jatobá Palacios.
Jatobá apresenta em seu artigo um comparativo entre os vocábulos "velhice" e "terceira idade"presentes em anúncios publicitários de cosméticos veiculados em revistas femininas na década de 90. A principal observação é a preponderância do vocábulo terceira idade sobre o velhice. Jatobá observa que no universo da publicidade de cosméticos o fenômeno do envelhecimento é sinônimo de decrepitude. Esta visão cristalizada convive com outra que aponta a perpectiva da terceira idade como uma nova possibilidade para o autodesenvolvimento de forma ativa e direcionada ao lazer. Na publicidade, os termos velhice/terceira idade trazem com eles valores substanciais de natureza social e/ou política. Surge assim o politicamente correto como um fenômeno que vem promovendo uma re-interpretação para situações de ordem política, econômica e social. Como não foi criado por ninguém ele surgiu da decadência do espírito crítico da identidade coletiva.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

MÓDULO I - COMENTÁRIOS

Hoje sai entusiasmada e muito feliz com a aula do módulo I, com a professora Adriane, acredito que pelas possibilidades de aprender com significado para a minha prática pedagógica. Este tipo de abordagem instiga e provoca reflexões profundas.
Sem perder o tom, a aula se desenrolou tranquilamente... As colegas contribuíram bastante das discussões e empenharam-se bastante para produzir e dar conta das tarefas propostas.
Durante o estudo ficou evidenciado o meu interesse pelas redes sociais, quando da analise do capitulo I do livro REDES SOCIAIS NA INTERNET. Pude conhecer sobre os atores (que são as pessoas envolvidas na redes), as conexões constituídas de laços sociais, interações e relações sociais.E o capital social (valor constituído a partir das interações entre os atores sociais). Vale a pena rever e analisar o conceito de Bourdieu sobre capital social. E... finalmente me preparar para as apresentações e discussões.
O trabalho com o “Caderno de Práticas”. Que maravilha!!! Tornar realidade um pequeno projeto. Discussão e analise dos conceitos de Estruturante (produzir conhecimento) ou Instrumental ( ampliação dos recursos) .Lembrado o nosso professor Edvaldo Couto, “Muito bacana!”